Quando estava no 2° ano do ensino médio, Sayuri Miyamoto criou uma bandeja biodegradável, feita com bagaço de cana-de-açúcar, para substituir as tradicionais bandejas de isopor.
Sua invenção rendeu mais de 15 prêmios, participação em uma conferência científica em Portugal e em uma feira de ciências em New York, o prêmio “Jovens Inventores” do Caldeirão do Huck e uma semana visitando a Universidade de Harvard (EUA).
Fosse uma americana, Sayuri muito provavelmente estaria buscando investidores para financiar a produção de sua invenção em larga escala e lucrar. Mas não foi o que ela fez.
Ela preferiu gastar quatro anos da sua vida estudando Engenharia Biomédica, veja só, nos EUA.
Pode ser que a experiência lhe renda conhecimento e contatos para transformar o invento em uma empresa. Pode ser que seja apenas desperdício de tempo enquanto outras pessoas copiam sua invenção e lucram com ela, e no fim ela descubra que um pedaço de papel não significa muita coisa.
Mas nem é essa minha crítica principal.
Quando retornar ao Brasil, Sayuri não quer montar uma mega empresa, ganhar muito dinheiro, empregar milhares de pessoas e usar parte do lucro para novos inventos.
Sayuri quer voltar para aplicar seu conhecimento no Ministério da Ciência e Tecnologia, onde pretende “lutar para tornar nosso país uma referência mundial em desenvolvimento científico”.
Ê Brasil…