Os deputados federais Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e Eduardo Bolsonaro (PSC-SP) recebem auxílio-moradia, financiado pelos pagadores de impostos, mesmo possuindo imóvel em Brasília. O apartamento de dois quartos (69 m²), em nome de Jair, consta na declaração de bens do deputado desde julho de 1998, quando ele já recebia o benefício público, e teve escritura assinada pelo político em maio de 2000.
O político recebe auxílio-moradia da Câmara desde outubro de 1995, ininterruptamente. Eduardo, desde fevereiro de 2015, quando tomou posse em seu primeiro mandato como deputado. Ao todo, pai e filho embolsaram até dezembro de 2017 um total de R$ 730 mil, já descontado o Imposto de Renda, sendo R$ 622 mil recebidos por Jair e R$ 107 mil recebidos por Eduardo.
Há duas formas de pagamento: 1) por meio de reembolso, para quem apresenta recibo de aluguel ou de gasto com hotel em Brasília, 2) ou em espécie, sem necessidade de apresentação de qualquer recibo, mas nesse caso com desconto de 27,5% relativo a Imposto de Renda. Jair e Eduardo Bolsonaro utilizam essa segunda opção.
O auxílio-moradia pode ser recusado pelos congressistas. 27 dos atuais 513 parlamentares abriram mão de receber dinheiro ou apartamento da Câmara – entre eles oito deputados do Distrito Federal.
De acordo com funcionários do edifício onde está o apartamento em nome de Jair Bolsonaro, seu filho Eduardo Bolsonaro é visto semanalmente no local.