Em uma votação histórica, a Câmara dos Deputados aprovou essa semana o Projeto de Lei n° 4302/1998 que permite que as empresas terceirizem suas atividades livremente e contratem terceirizados temporários para substituir funcionários em greve.
A posição de um deputado federal na votação chamou a atenção: pouco depois de se declarar favorável a “diminuir o tamanho do estado” em entrevista a Danilo Gentili, Jair Bolsonaro se absteve de votar favoravelmente ao projeto que reduz a interferência do estado nas relações trabalhistas.
Em declaração feita à página “Bolsonaro Opressor 2.0” para justificar o voto, Jair Bolsonaro disse que se absteve de votar por medo de receber uma “enxurrada de críticas” se “tivesse votado não ou sim” no projeto, especialmente dos sindicatos e da esquerda em geral, que teria “massacrado” o deputado se ele fosse favorável ao projeto. Confira:
O projeto foi aprovado com o voto favorável de 231 deputados federais, incluindo o voto de Eduardo Bolsonaro, filho de Jair Bolsonaro, que não temeram a reação da esquerda ao projeto, ao contrário do deputado que se apresenta como principal nome anti-esquerda no parlamento. Nenhum dos deputados favoráveis ao projeto foi “massacrado” até o momento.