A mãe da criança que toca o “coreógrafo” Wagner Schwartz, nu em um tablado, durante a abertura da exposição “35º Panorama da Arte Brasileira – 2017″ no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM) é militante do PT e trabalhou até poucos meses em um projeto do Banco Itaú – o mesmo que patrocina o MAM por meio da Lei Rouanet, mentiu ao afirmar que não patrocina o museu e tem uma de suas sócias, Milú Villela, como presidente do MAM.
De acordo com informações fornecidas pelo MAM ao G1, o público presente na performance era formado essencialmente por artistas e uma das pessoas que prestigiou a apresentação foi a coreógrafa Elisabete Finger acompanhada da filha. O vídeo (acima) que viralizou nas redes sociais mostra o momento em que Schwartz está nu enquanto Elisabete incentiva a filha a tocá-lo.
De acordo com posts públicos no perfil de Elisabete no Facebook – o qual foi fechado para amigos após a divulgação de seu nome – a coreógrafa é militante do Partido dos Trabalhadores (PT), apoiando desde a campanha de Dilma Rousseff em 2014 até o atual “Fora Temer”.
As coincidências não param por aí. Elisabete Finger trabalhou por três anos e meio (até junho de 2017) como apresentadora de um projeto do Itaú Cultural chamado “Discoreografia – Música, Dança e Blá, Blá, Blá“, braço cultural do Banco Itaú que também é financiado por meio da Lei Rouanet. Na terceira edição do programa, que foi ao ar em 25 de fevereiro de 2014, Elisabete entrevistou o próprio coreógrafo Wagner Schwartz, aquele que incentiva sua filha a tocar enquanto ele está nu. De acordo com a descrição do programa, os trabalhos de Wagner “transitam entre práticas e culturas diferentes” tornando “viável a fisicalidade dos seus experimentos”.
Cabe lembrar que o presidente do Itaú, Roberto Setúbal, defendeu em 2015 que Dilma continuasse no cargo de Presidente da República.
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