Você já deve ter ouvido antes aquele seu amigo “Isentão” dizendo que não lia a “mídia golpista” e só se informava por meio da “independente” Carta Capital.
Pois bem. Em um dos áudios vazados pelo fim do segredo de justiça sobre a Lava Jato, Lula conversa com Jacques Wagner no último dia 13 de março, após as manifestações, e explica como pautou Mino Carta – dono da revista e antigo apoiador da ditadura militar – sobre uma reportagem a ser publicada na revista:
Lula: Como foi a manifestação na Bahia?
Wagner: Ah, teve 10, 15 mil. O [deputado federal do DEM, José Carlos] Aleluia foi falar, tomou uma vaia da porra, e ninguém mais quis falar. Na verdade generalizou porque é uma manifestação anti a política.
Lula: Acho que essa é a pedra. Acabei de conversar com o Mino Carta aqui, para ele escrever um artigo mostrando que teve duas coisas: primeiro a vontade das pessoas que o combate a corrupção continue, e o Moro representa isso fortemente. Segundo, que a negação política é total. E o resultado disso, você sabe o que é?
Wagner: Lógico, o caminho pro autoritarismo.
Lula: Então pedi para o Mino escrever um artigo sobre isso.
Mino Carta, como bom serviçal de Lula, publicou no dia seguinte (14 de março) um artigo testando desmerecer as investigações promovidas por Sergio Moro, o qual teria sido “atendido pela polícia para montar um show carnavalesco que envergonha o País aos olhos do mundo”, seria “enseusado pelos golpistas” e possui uma “personalidade pueril antes ainda que provinciana”.
E agora “Isentão”, como fica a sua “isenta” revista com essa notícia?