Sabe o seu amigo que fez campanha para Dilma em 2014, que usou avatar do #mudamais no Facebook, gritou a plenos pulmões que a Globo era golpista, que não havia crise e que tudo não passava de um jogo de “quanto pior melhor”? Pois bem, a crise veio, o padrão de vida dele caiu, as delações premiadas citando a presidente e a cúpula do PT pipocaram em todos os noticiários, a violência dos fatos emergiram com um turbilhão de provas e mais provas e fica cada vez mais difícil dizer que a presidente é inocente. Mas isso não impede seu amigo de continuar tentando.
Agora ele jura de pé juntos que não votou na Dilma e que é oposição ao governo igual a atriz Letícia Sabatella (que foi autorizada pelo governo federal a captar R$ 1,5 milhão pela Lei Rouanet), que não defende o governo mas a Constituição e o Estado Democrático de Direito, que fraudes fiscais e abertura de crédito suplementar não são crimes de responsabilidade e o melhor de tudo, que ele não defende Dilma Rousseff, defende a “democracia”.
É tão desagregador assumir que votou em quem quebrou o país e o mergulhou em uma das piores recessões de todos os tempos que agora eles usam “democracia” como sinônimo de Dilma Rousseff.
Eles saem às ruas de vermelho com a bandeira do PT e faixas com o nome da presidente, gritam “Dilma Fica” e “não vai ter golpe”, mas dizem que não defendem a presidente tampouco o seu governo fracassado ou partidos e ideologias, defendem a “democracia”.
A impressão que se tem é que Dilma Rousseff mudou de nome e agora se chama Democracia. E é com esse discurso risível que as universidades do país inteiro estão sendo tomadas por atos “isentões” à favor da “Democracia”. O roteiro é o mesmo: exaltam o socialismo, as “conquistas” do governo Lula, falam em guerra civil, em luta de classes, direita contra esquerda e gritam palavras de ordem. Demonizam Sérgio Moro e as instituições que não foram aparelhadas, escarram na cara do outrora aliado PMDB, fazem vodu de Eduardo Cunha e chegam a aventar que a CIA estaria por trás do “golpe civil” em curso no Brasil orquestrado pela Globo e a direita “fascista”. É uma tese pobre de argumentos racionais, mas quem disse que a razão funciona com essas pessoas?
Por Dilma, opss, perdão, pela “Democracia”, artistas e intelectuais renomados estão dispostos a prostituirem seu talento e sua genialidade em nome de alguns milhares de reais da Lei Rouanet ou contratações feitas pelo governo. Sujeitam-se a passar vergonha em redes sociais e em público como Tico Santa Cruz e a arregimentar uma massa de acéfalos que nem de longe é páreo para os seis milhões de cidadãos conscientes do dever cívico que foram as ruas em 13 de março desse ano.
Apesar dessas manifestações em favor da tão chamada “Democracia” apresentarem números ínfimos, é imprescindível que essas ações sejam combatidas, oferecendo o contraponto aos estudantes. Mostrar os dois lados da moeda e apresentar os fatos que permeiam o processo de impeachment para que o estrago nas mentes dos jovens do nosso país seja o menor possível. Já perdemos duas gerações por conta da doutrinação comunista no ensino público e privado, não podemos nos arriscar a perder uma terceira.