A música Xibom Bombom, de autoria do grupo As Meninas, já foi usada como tese por diversos educadores com o intuito de propagar a ideia de que o mérito no mercado é mero fruto da imaginação dos libertários e liberais, nada mais falso. O mérito ineficiente, para eles, é fruto de um capitalismo “selvagem” e da ganância dos empresários “que só visam o lucro e a exploração do trabalho”, ou seja, marxismo clássico. Seguindo essa linha de raciocínio, quanto mais o estado regular, controlar e dar as regras, mais protegidos e respeitados estarão os trabalhadores. Quanta inocência.
Primeiramente, há mais de treze anos somos governados por um partido trabalhista. Como resultado temos 11 milhões de pessoas desempregadas e uma empresa de pequeno ou médio porte fechada por minuto. Tal evento ocorre por diversos motivos, mas todos eles relacionados à alta intervenção estatal. A cada ano que passa, devido à grande mão do estado tentando gerir a economia, a liberdade econômica diminui no Brasil. No Ranking Heritage, respeitado internacionalmente, o Brasil encontra-se na 122a posição, atrás de países como Nigéria e Tunísia. Nota-se, portanto, uma forte relação entre liberdade econômica e economia forte e estável.
Apesar do governo afirmar que diminuiu a pobreza graças à sua intervenção por meio de auxílios, é importante que se entenda a metodologia estatal. De acordo com a Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, por meio do Perguntas e Respostas sobre a Definição da Classe Média, as classes sociais são: classe baixa, com renda familiar per capita de entre R$0 e R$291; classe média, formada por aqueles que possuem renda familiar per capita entre R$291 e R$1.019; e classe alta, aquela com renda per capita superior a R$1.019. Portanto, aos olhos do governo, muitos brasileiros – com a mudança de cálculo de definição das classes – passaram a ser considerados classe média, mas não é o que vemos na realidade ao ver tanto desemprego e empresas sendo fechadas.
Sendo o governo responsável pelo aumento do desemprego e praticando maquiagem dos dados, quem é o responsável por confortos que o pobre atualmente possui, mas que antes não usufruía? Justamente o tal “vilão”, o capitalismo “selvagem”.
Como exposto em A Mentalidade do Anti Capitalista, de Ludwig von Mises, aqueles que criticam o capitalismo não percebem que é justamente o capitalismo que trouxe conforto para a vida dos pobres. A tal “ganância” dos empresários, combinada com a livre concorrência, fez com que as empresas sempre procurassem inovar e diminuíssem seus custos para vender mais e obter mais lucro. É assim com as fabricantes de celulares, as quais inovam cada vez mais em cada modelo, diminuindo o custo dos produtos anteriores e atraindo cada vez mais compradores, o que gera um círculo virtuoso. Aconteceu exatamente o mesmo com os aparelhos de televisão, ar condicionado e demais aparelhos eletrodomésticos. E eles poderiam ser ainda mais acessíveis aos pobres se o estado não impusesse uma carga tributária tão elevada.
Não foi o governo que garantiu confortos aos pobres, como noticiado pelas campanhas eleitorais. Na verdade, o responsável é o “vilão” da esquerda, o capitalismo. Se dependesse do controle monopolista do estado não teríamos inovação, não teríamos baixo custo, não teríamos conforto. Se depender do estado, como demonstrado nos países socialistas, o pobre fica cada vez mais pobre e o rico cada vez mais rico.