Michel Temer assumiu o cargo de Presidente da República e iniciou enxugando o número de ministérios, eliminando dez dos existentes no governo Dilma Rousseff, os quais foram encaixados em outros, demonstrando a desnecessidade da quantidade anterior. Temer provavelmente não reduziu ainda mais o número em razão de ter que abarcar os partidos da nova base aliada.
E a preocupação dos defensores do agora governo anterior, que ainda passa pelo processo de impeachment, é a inexistência de mulheres nas escolhas de Temer para os ministérios. Não há preocupação em fazer o país crescer, sair da crise, melhorar a economia, baratear o arroz ou o feijão, melhorar o pagamento de professores e profissionais da saúde ou qualquer coisa que seja destinada ao povo pobre e trabalhador. A preocupação é saber se quem vai ocupar a máquina pública é homem ou mulher.
O escopo do governo petista era claro: incluir em seu governo todos os partidos possíveis, estratégia que enfraqueceu a oposição. Ao longo dos últimos treze anos foi possível observar como o estado comandado pelo Partido dos Trabalhadores inchou. Mas não houve um inchaço em prol do povo, mas em prol de uma elite existente dentro da política nacional. A esquerda, mais uma vez, não mostra preocupação com os mais pobres, mas somente em atacar sem fundamentos.
Como disse Friedman, não se pode esperar que políticos bons ocupem cargos públicos e cumpram com a missão de gerir bem, é preciso que se crie incentivos para que estes políticos queiram, de fato, melhorar a vida das pessoas. A “querida” deu “tchau”, mas o terrorismo ideológico da esquerda em dizer que seus opositores querem “prejudicar os pobres” ou “não representam as minorias” não acabou e nem irá acabar.