A situação da saúde na Venezuela chegou a níveis críticos. A falta de luvas, sabão, equipamentos, antibióticos e comida se soma à falta de energia. Medicamentos para câncer são encontrados somente no mercado negro e hospitais como o da Universidade dos Andes não têm sequer água suficiente para lavar o sangue das mesas de cirurgia. Como resultado, o índice de mortalidade de bebês com até 30 dias de idade cresceu 9900% nos hospitais estatais, subindo de 0,02% para 2%.
Na cidade de Barcelona, dois bebês prematuros morreram recentemente a caminho da principal clínica pública das redondezas porque a ambulância não tinha cilindros de oxigênio. O hospital não tem aparelhos de raios-X ou de diálise renal e, como faltam leitos, alguns pacientes ficam deitados no chão, encharcados no próprio sangue. “Algumas pessoas chegam aqui saudáveis e saem mortas”, disse o médico Leandro Pérez no pronto-socorro do hospital Luiz Razetti, em Barcelona.
Esse é o resultado das medidas socialistas tomadas pelo presidente Nicolás Maduro, que levaram o país a uma crise econômica sem precedentes. Mesmo sendo as maiores reservas de petróleo do mundo, o país quebrou após torrar dinheiro com medidas populistas, estatizar boa parte da economia e não poupar recursos para a época de vacas magras, que chegou quando o preço do petróleo caiu no mercado internacional.