O dia 13 de junho de 2016 foi o dia mais frio da capital paulista em 22 anos. Com temperatura média de 3,5°C (regiões como Parelheiros, registraram 0°C) mais um morador de rua foi encontrado morto neste dia. Segundo a Pastoral do Povo de Rua, ligada à Igreja Católica, pelo menos cinco pessoas já morreram por causa do frio.
Ainda assim, moradores de rua se tornaram alvo das operações da Guarda Civil Metropolitana (GCM), controlada pelo prefeito petista de São Paulo, Fernando Haddad, que tem ordens para “para tirar moradias precárias e colchões para evitar que o espaço público seja privatizado.”. Ou seja, a orientação da prefeitura da cidade de São Paulo é roubar a única propriedade dos moradores de rua e deixá-los ao relento no frio.
A polícia e a GCM constantemente apreendem não apenas colchões e cobertores, mas também carroças, isopores, carrinhos e mercadorias de muitos pobres que têm apenas estes bens como recursos de subsistência, num claro ataque aos direitos de propriedade destas pessoas. É evidente que a instituição que se impõe a zelar pelo direito à propriedade, o estado, é a que constantemente mais viola o mesmo direito.
Além disso, diversas vagas de albergues foram transferidas de regiões centrais para bairros afastados. Dessa forma, o Convento de São Francisco, no centro da cidade de São Paulo, ampliou o número de camas nas suas dependências para que moradores de rua tenham o mínimo necessário para passar as noites de frio. O Convento necessita de doações de itens de higiene como toalhas, sabonetes, pastas e escovas de dente, xampu e aparelhos de barbear, além de cobertores e agasalhos. Interessados em ajudar podem entrar em contato diretamente com o Convento, no Largo São Francisco, 133 – Centro, ou por meio do telefone: (11) 3291-2400.