No Brasil, aprende-se que empresários não têm sentimentos e gostam de pagar baixos salários ou demitir funcionários. Na verdade ocorre exatamente o oposto, nenhum empresário tem como objetivo pagar baixos salários ou demitir seus funcionários. Empresários pensam na saúde da empresa, querem fazê-la crescer e gerar lucro. E quando a empresa cresce, mais funcionários são contratados (cria-se mais vagas), bons funcionários sobem de carreira e a renda dos trabalhadores melhora.
Entretanto, em momentos de crise, quando a receita cai e a empresa não tem de onde tirar dinheiro para pagar seus funcionários, o empresário não tem outra opção a não ser demitir alguns funcionários para evitar a quebra da empresa, o que resultaria em um desemprego ainda maior. Foi exatamente isso que aconteceu com uma fábrica de sofás na cidade de Rio Claro-SP. Após ter uma queda de 80% nas vendas devido à recessão econômica causada pelo estado, o dono da fábrica tentou negociar com os sindicatos para reduzir a jornada de trabalho e os salários dos funcionários, sem precisar demitir. Mas o sindicato negou.
Após perder a negociação com os sindicatos, o empresário não teve outra alternativa senão demitir 223 funcionários. Além de ver sua empresa a caminho da falência, ainda teve que aguentar o sentimento de culpa por prejudicar mais de 200 famílias com essas demissões. O dono da fábrica não suportou tamanha pressão e cometeu suicídio com uma corda no pescoço dentro da própria empresa.
Quando os empresários criam mais vagas e geram condições melhores para muitas famílias, os políticos se apropriam do momento para dizer que foram eles que melhoraram a situação do país. Agora, quando os mesmos políticos saqueiam os cofres públicos e fazem o país atravessar uma enorme crise econômica, os empresários é que aguentam as pontas. Está na hora dos brasileiros enxergarem o outro lado da história.