Nesta segunda-feira (27), Temer reuniu alguns dos principais ministros do governo para dar um recado claro: “Tudo que puder ser transferido à iniciativa privada, façam. Não temos preconceitos!”. Os ministros, durante a reunião, apontaram o que pode ser objeto de concessão ou parceria público-privada, passando de energia a saneamento até rodovias e aeroportos.
O Ministro das Cidades, Bruno Araújo, e o líder do governo na Câmara, André Moura (PSC-SE), disseram que o setor elétrico poderá ser beneficiado com a venda das chamadas sociedades de propósito específico (SPE) da Eletrobras. Há um potencial de cerca de R$ 20 bilhões apenas com as SPEs da Eletrobras. A Eletrobras tem 174 SPEs.
Os estados também venderão ativos em contrapartida à renegociação das dívidas. A possibilidade de privatizar empresas estatais (infelizmente, com a participação do BNDES) atrai cinco estados: Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Espírito Santo, Pará e São Paulo. A lista dos candidatos a passar para as mãos do setor privado inclui empresas de saneamento como a Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro), de energia elétrica como a CEEE (Companhia Estadual de Energia Elétrica), de gás como a Sulgás e bancos como o Banrisul.