João Paulo Farias é um brasileiro que decidiu utilizar uma quadra pública para mudar a realidade de jovens pobres de 8 a 16 anos na periferia de Recife, Pernambuco, criando o Projeto Aurora. João, que jogou basquete quando era criança, não apenas dava aulas gratuitamente todas as terças e quinta-feiras como também cuidava da quadra, incluindo a compra e troca de estruturas necessárias para as aulas.
Entretanto, o estado resolveu atuar para que João não ajude mais as crianças. O motivo? João é publicitário e, de acordo com as regras estatais, apenas “profissionais de educação física” podem dar aulas de basquete. Dessa forma, uma instituição estatal, o Conselho Federal de Educação Física (CONFEF), em conjunto com o braço armado do estado, a polícia, resolveu autuar João Farias por “exercício ilegal da profissão”.
Assim, na última quinta-feira (14), João deixou de dar aulas de basquete. As crianças carentes voltaram a ficar longe do esporte. As bolas foram recolhidas. Todos choraram. E o estado “cumpriu” seu papel de atrapalhar a livre iniciativa privada que pretende melhorar a vida dos mais pobres sem a “autorização” estatal.