Mesmo contando com ampla divulgação nas redes sociais, jornais, revistas e televisões, e tendo estreado em 515 salas de cinema pelo país, o filme “Contrato Vitalício”, do Porta dos Fundos, se tornou um dos maiores fracassos de bilheteria do ano.
Financiado com dinheiro de milhões de pagadores de impostos brasileiros (3,5 milhões de reais de uma lei similar à Lei Rouanet), apenas 14 mil pessoas foram assistir o filme em sua terceira semana em cartaz, deixando-o apenas no 13° lugar nas bilheterias da semana e fazendo o filme alcançar um público total de 440 mil pessoas e R$ 6 milhões de faturamento (que não voltarão para os bolsos dos pagadores de impostos que financiaram o filme). Com o fracasso, a ampla maioria das salas de cinema que apresentavam o filme já o retiraram de cartaz, substituindo-o por filmes com maior sucesso como “Procurando Dory”, “A Era do Gelo: O Big Bang” e “Carrossel 2”.
O filme brasileiro mais visto no ano, “Um Suburbano Sortudo”, teve em suas duas semanas no cinema um público de 741 mil pessoas.
Dessa forma, fica fácil entender por que artistas como Gregorio Duvivier não são fãs do livre mercado: porque quando há liberdade, filmes como esse provavelmente sequer teriam sido feitos de forma privada, dado o baixo interesse do público.