É uma sina. Seja no cinema – amplamente financiado pelo estado – ou agora na abertura das Olimpíadas, a imagem passada do Brasil é sempre a mesma: somos uma imensa favela onde a música principal é o funk, que já teve muitos índios e que hoje tem assaltos ao som de samba. E não será diferente na abertura das Olimpíadas.
De acordo com o ensaio para a abertura, realizado ontem (31), o Hino Nacional será na voz de Paulinho da Viola e dará início à viagem pelas florestas. Com a entrada dos índios, que serão chamados de “os donos da terra”, seguidos pelos colonizadores portugueses, a natureza desbravada cederá lugar ao principal cenário da cerimônia: uma favela.
A “Garota de Ipanema” será personificada, muito provavelmente por Gisele Bündchen, e será abordada por um assaltante “menor de idade”, levando um policial a perseguir o bandido. A própria “Garota” irá interceder pelo assaltante e mostrar que ele “não é mau”, deixando a deixa para o “Rap da Felicidade”, aquele que diz: “Eu só quero é ser feliz, andar tranquilamente na favela onde eu nasci”.
A abertura será completada por guerra de espadas, maracatu, outros elementos da cultura brasileira e um texto nas vozes das atrizes Fernanda Montenegro e Judi Dench alertando para problemas mundiais. No desfile dos atletas, cada delegação será precedida por uma pequena bateria de escola de samba.
Cerca de 30% do espetáculo não foi revelado, como a maneira que a Pira será acesa, reservando ainda mais “surpresas” para os milhões de pagadores de impostos brasileiros que foram obrigados a financiar as Olimpíadas.