Ao contrário da maioria dos países, os EUA não usam dinheiro dos pagadores de impostos para treinar seus atletas. Os norte-americanos possuem um fundo privado, o Team USA, onde os recursos são captados por meio de doações privadas para financiar o esporte no país. Além disso, milhares de atletas americanos recebem patrocínio de empresas privadas que faturam milhões ao associar o nome do atleta à marca.
Como não há recursos “do estado”, os atletas precisam possuir um ótimo desempenho para continuar recebendo recursos privados. Afinal, ninguém vai doar dinheiro para um atleta que não consegue ter um bom empenho. Isso explica o sucesso dos EUA nos Jogos Olímpicos, incluindo a edição deste ano, onde o país ganhou 121 medalhas, quase o dobro do país segundo colocado, o Reino Unido. Na história dos jogos, os EUA acumulam mais de 1000 medalhas de ouro contra 30 do Brasil.
No Brasil, a forma de financiamento dos esportes é completamente diferente dos EUA. Ao invés de um fundo privado, há um Ministério do Esporte com orçamento de 2,5 bilhões de reais por ano, o que significa que 10 bilhões de reais foram aplicados em esportes somente no último ciclo olímpico (2012-2016). Em outras palavras: cada uma das 19 medalhas ganhas por atletas brasileiros nas Olimpíadas no Rio de Janeiro custou 526 milhões de reais.
Vale lembrar que os EUA não possuem universidades “gratuitas”, onde o governo financia 100% dos estudos, o que leva parte dos alunos a praticar esportes para fazer marketing para a instituição de ensino em troca de bolsas. Por isso mesmo, as competições esportivas universitárias são bastante valorizados nos EUA, revelando diversos futuros atletas profissionais.