A cinco dias das eleições municipais, o aliado de Celso Russomanno e defensor do cartel de táxis, vereador Adilson Amadeu, obteve na justiça uma limitar que pode fazer a prefeitura voltar a perseguir os motoristas do Uber na cidade de São Paulo.
De acordo com o escritório de advocacia que representa Amadeu e outros taxistas na ação, o Gislaine Nunes e Advogados, o Juiz Valentino Aparecido de Andrade, da 10ª Vara da Fazenda Pública de São Paulo, definiu em decisão limitar que o Decreto 56.981/2016, criado pelo prefeito Fernando Haddad para regularizar o Uber, “criou e incentivou um regime injusto de desigualdade de condições, ao não impor qualquer limite de veículos a serem utilizados no serviço de transporte individual de passageiros por plataforma tecnológica mantido e gerido pela ré, Uber”. A íntegra da decisão está disponível no site do Tribunal de Justiça de São Paulo.
De acordo com a divulgação da decisão, a prefeitura tem 30 dias para limitar o número de carros do Uber na cidade e submeter seus motoristas às mesmas burocracias dos táxis (placa vermelha, Condutaxi, etc.), sob pena de multa de 500 mil reais por dia, o que pode levar a prefeitura a perseguir novamente os motoristas do Uber e voltar a favorecer o cartel de táxis. A decisão judicial foi comemorada em vídeo por Adilson Amadeu, o qual aproveitou para pedir votos para si mesmo e seu aliado na disputa pela prefeitura de São Paulo, Celso Russomanno:
O escritório Gislaine Nunes e Advogados se apresenta como “famoso por defender causas de grande repercussão no futebol, defendo atletas de renome (Ronaldinho Gaúcho, Rogério Ceni e Deivid Souza). O vereador Adilson Amadeu é conhecido por agir de forma agressiva contra todos aqueles que fossem contra o cartel de táxis e a favor do Uber e demais aplicativos.
Cabe lembrar que o próprio candidato a prefeito pelo PRB, Celso Russomanno, esteve em um vídeo ao lado de Adilson Amadeu para defender o cartel de táxis e lutar contra a liberdade nos transportes representada pelo Uber e demais aplicativos.