A Universidade de São Paulo (USP), que sofre com os efeitos de uma gravíssima crise financeira causada pelo excesso de gastos com funcionários públicos, que ocupam praticamente 100% do orçamento da universidade, continua com gastos inúteis. Como exemplo, o curso de Engenharia de Minas e de Petróleo, ofertado pela Escola Politécnica da USP (Poli), que por definição deveria ter um caráter técnico e disciplinas de exatas, oferta a disciplina “poesia para engenheiros”.
Segundo o site da instituição, a disciplina não exige nenhum pré-requisito para ser cursada e tem como objetivo “desenvolver a criatividade do aluno de Engenharia e auxiliar na redação adequada de textos em Português, apresentando as novas regras da Língua Portuguesa e usando a Poesia como base das aulas expositivas, de modo a incentivar o aluno a redigir poemas, trabalhos e artigos.”
Cabe lembrar que a Fuvest, vestibular responsável por selecionar os estudantes da USP, possui uma lista de obras literárias obrigatórias para a prova, além de contar com uma prova de redação, ou seja, ao mesmo tempo em que a universidade tem como critério de seleção o domínio da escrita, disponibiliza para seus alunos disciplinas para ensinar a escrever corretamente.
A USP custa mais de R$ 5 bilhões de reais por ano aos pagadores de impostos do Estado de São Paulo.