A rede Accor, por exemplo, irá ajudar a prefeitura a configurar os quartos dos albergues e oferecer cursos de capacitação. A rede Mundo Verde deve fornecer alimentos de origem orgânica e a Procter & Gamble, produtos de higiene. Além de melhor qualidade de vida, a ideia do projeto de revitalização dos albergues é oferecer também oportunidades de emprego e estudo aos moradores de rua, além de disponibilizar canis e estrutura para famílias serem acolhidas juntas. Hoje, homens e mulheres são atendidos separadamente nos abrigos e os animais são proibidos. O Senac também fechou parceria com a prefeitura para oferecer cursos profissionalizantes.
Para Filipe Sabará, secretário-adjunto de Desenvolvimento Social, a situação dos abrigos é deplorável, há ausência de vasos sanitários e comida. Sabará atribui isso à falta de fiscalização da gestão anterior em relação à execução dos contratos com as ONGs que recebem repasses mensais de 15 milhões de reais para gerir esses espaços. “Os albergues viraram um ‘centro de afugentamento’ em vez de acolhimento”, diz Sabará, autor do projeto Espaço Vida.
Segundo Sabará, as ONGs terão um tempo para se adaptar à nova gestão e, se não forem bem avaliadas, serão substituídas.