O Diretório Acadêmico da Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres (SOAS, sigla em inglês) está propondo duas prioridades educacionais bem peculiares para o ano de 2017.
A primeira é “descolonizar” a instituição, exigindo que o estudo de “filósofos brancos” como Platão, Kant e René Descartes seja excluído do currículo dos cursos para dar lugar ao estudo de filósofos africanos e orientais. E caso o estudo desses “filósofos brancos” seja requerido, deve ser debatido com “pensamento crítico” para retirar o “legado de colonialismo estrutural e epistemológico” da universidade.
A segunda trata-se de uma campanha para pressionar a Universidade de Londres a providenciar bolsas de estudos e moradia para refugiados. O argumento é que a educação deve ir além das fronteiras, independente do status dos refugiados. Com isso, o SOAS pretende passar uma imagem progressista e diversificada.
A iniciativa foi criticada por diversos acadêmicos. O vice-chanceler da Universidade de Buckingham, Anthony Seldon, salientou que o politicamente correto está se tornando algo fora de controle e que o mundo tem que ser entendido como realmente é, e que a história não pode ser reescrita como alguns desejam.