Em 1999, Hugo Chávez assumiu o poder e convocou uma Assembleia Constituinte para criar a “Constituição Bolivariana” e alterando o nome oficial do país para República Bolivariana da Venezuela. Esse processo de mudança política, chamado de “Revolução Bolivariana”, representou a guinada daquele país em direção ao socialismo.
Entretanto, a “Revolução Bolivariana” não teria sucesso se não tivesse apoio externo. Por muito tempo, o governo de Chávez pôde utilizar os recursos obtidos com os altos preços do petróleo no mercado internacional – a Venezuela tem as maiores reservas o mundo – para executar políticas populistas e distributivistas. Mesmo com a queda nos preços do óleo e a morte de Chávez (2013), Nicolás Maduro conseguiu apoio do ex-presidente brasileiro, Luís Inácio Lula da Silva – bastante popular na Venezuela por ser um grande aliado de Chávez – e se elegeu presidente do país, perpetuando o modelo socialista que já dava sinais de falência.
O apoio brasileiro ao regime socialista venezuelano não foi apenas moral. Desde 1999, o BNDES injetou mais de R$ 11 bilhões na economia venezuelana e contribuiu com o aumento da popularidade do regime socialista ao gerar empregos artificias com dinheiro dos pagadores de impostos brasileiros.
Os chamados “financiamentos à exportação de serviços de engenharia” do BNDES eram concedidos, em dólar, para os países onde as obras iriam ocorrer, com o efetivo pagamento sendo de responsabilidade dos governos estrangeiros e sendo efetuado para a construtora brasileira, em reais, no Brasil, pela cotação da moeda americana. A empreiteira se comprometia a usar o dinheiro na aquisição de produtos e de serviços brasileiros destinados ao empreendimento no exterior. A Venezuela foi o segundo mais que mais recebeu recursos do BNDES brasileiro, atrás somente de Angola (R$ 14 bilhões).