O partido de Emanuel Macron massacrou nas eleições legislativas francesas e terá ampla maioria para governar. A expectativa é que o Republique En Marche, partido criado pelo próprio Macron há pouco mais de um ano, tenha pelo menos 70% do parlamento francês, uma maioria absoluta.
Enquanto isso, o Front Nacional de Marine Le Pen, aquele que os “analistas” políticos que se baseiam em mapas astrais diziam que poderia “vencer as eleições presidenciais” e ganhar “pelo menos 50 assentos no parlamento”, deve ter, com muita sorte, 5 assentos.
Para completar a fatura, o Partido Socialista, então dominante na França, foi dizimado e deve ter no máximo 15% do parlamento.
Macron terá apoio suficiente para implantar as reformas previstas em seu plano de governo, incluindo maior liberdade trabalhista, aumento da autonomia pedagógica das escolas, novas reformas na previdência social e aumento do policiamento na França.
Com o atual estado das coisas no Brasil, é perfeitamente possível que um político faça exatamente o mesmo que Macron – no nosso caso, tomando um partido pequeno um ano antes das eleições e criando um movimento de massa com certo viés liberal – e avance para ser eleito em 2018 dizimando partidos tradicionais como PT, PSDB e PMDB.