Você já viu uma mobilização para ajudar um cidadão que foi assaltado, pagar a terapia de uma mulher que foi estuprada ou ajudar um pequeno comerciante que foi à falência por causa das irresponsabilidades do governo? Elas existem, mas têm pouco destaque. Sabe por quê? Porque a imprensa prefere repercutir ações que transformam bandidos em vítimas.
Num país com tantos absurdos, há dois dias ocupa espaço na mídia nacional a notícia de que um tatuador flagrou um adolescente de 17 anos invadindo sua casa para roubar a bicicleta de um deficiente físico e gravou na cabeça dele as palavras “sou ladrão e vacilão”.
Não há justificativa para a reação do tatuador. Foi uma violência desproporcional, reflexo direto da impunidade brasileira. No entanto, também chama a atenção a reação da imprensa e de parte da sociedade que trataram logo de elevar o ladrão à condição de vítima.
Enquanto o tatuador responde pelo crime de tortura, o ladrão está sendo glorificado e premiado. Assim que o caso ganhou os jornais, surgiu uma campanha para custear a retirada da tatuagem. A meta inicial era de R$ 15 mil, mas até o momento R$ 20 mil foi arrecado e outros R$ 60 mil estão pendentes.
É como Dilma Rousseff que, depois de ter fraudado, roubado e destruído a economia brasileira (piorando a vida de mais de 200 milhões de pessoas), passar cinco anos com um salário de R$ 33 mil por mês (fora as regalias) e ter se aposentado com uma pensão cinco vezes maior (em um processo que demorou poucas horas) do que a de um cidadão comum, arrecadou quase R$ 700 mil para… não “passar necessidades” e pagar um advogado.
Se o bandido tivesse assassinado o tatuador – como acontece com 160 pessoas por dia no Brasil, um recorde mundial – o caso teria a mesma repercussão na mídia? Haveria vaquinhas para pagar os custos do velório?
Décadas de doutrinação de esquerda em todos os segmentos da sociedade brasileira implantaram as estratégias de Gramsci e da Escola de Frankfurt para transformar virtudes em pecados, proteger criminosos (“revolucionários contra a sociedade capitalista”, segundo Marcuse) e perseguir os honestos, constranger os esforçados e premiar os parasitas, desqualificar os talentosos e aplaudir os inúteis, satanizar os corajosos e glorificar os recalcados.
Vemos isso todos os dias nos jornais, novelas, livros didáticos e declarações de artistas, “intelectuais”, professores, funcionários públicos e jovens universitários. No fundo, com o mesmo objetivo final: destruir a autonomia individual para que a sociedade seja refém dos fetiches ideológicos de uma casta de intelectuais e políticos socialistas.