Em mais uma medida que retira as poucas liberdades que os venezuelanos ainda possuem, o ditador socialista da Venezuela, Nicolás Maduro, anunciou hoje (27) a proibição dos protestos contra o governo em todo o país. Aqueles que organizarem ou incitarem protestos serão presos, estando sujeitos a penas de cinco a dez anos de prisão.
Inicialmente, a medida valerá por quatro dias (de 28 a 31 de julho) para garantir que a Assembleia Constituinte convocada por Maduro seja realizada, mas pode ser ampliada se o ditador assim o desejar. A votação foi convocada por Maduro para ampliar ainda mais os seus poderes no país e eliminar a oposição, a qual domina a Assembleia Nacional desde que venceu, por ampla maioria, as eleições legislativas de dezembro de 2015.
“Estão proibidas em todo o território nacional as reuniões e manifestações públicas, concentrações de pessoas e qualquer outro ato similar que possa perturbar ou afetar a normalidade do processo eleitoral”, afirmou Néstor Reverol, ministro do Interior, Justiça e Paz.
Desde que a Assembleia Constituinte foi convocada, em abril, protestos populares organizados pela oposição levaram milhões de venezuelanos às ruas. Para coibir os protestos, a ditadura socialista de Maduro assassinou 103 manifestantes até o momento.