Anunciada hoje e confirmada pelo próprio deputado federal, de acordo com O Antagonista, a filiação de Jair Bolsonaro ao PEN (Partido Ecológico Nacional) levará o político a uma legenda próxima à criadora da Rede Sustentabilidade, Marina Silva.
Fundado e coordenado até os dias atuais por Adilson Barroso, ex-deputado estadual em São Paulo e o político brasileiro com mais seguidores no Facebook, o PEN teve o seu registro aprovado em 19 de junho de 2012 e declara em seu estatuto que “tem como base os conceitos da Social Democracia Cristã, com ações e projetos que estejam voltados a (sic) Ecologia”.
Seguindo essa filosofia, o presidente do partido declarou, poucos meses antes das eleições de 2014, que a legenda estava de portas abertas para que Marina Silva fosse candidata pelo PEN: “Eu topo incorporação, topo fusão, eu topo tudo se for com a Marina”, disse Barroso. O criador do partido também declarou, na ocasião, que a legenda possui ampla afinidade ideológica com a Rede. O Twitter oficial do partido chegou a afirmar que “Marina Silva é a cara do Brasil”.
Marina Silva chegou a participar pessoalmente da campanha da aliança REDE / PSB / PEN em Betim – MG nas últimas eleições de 2016. O partido também fez alianças com PT, PCdoB, REDE e PSOL em diversos municípios brasileiros nas eleições de 2016, de acordo com as informações do TSE – Tribunal Superior Eleitoral.
A chegada de Bolsonaro ao PEN – que deve levar os filhos e políticos Carlos, Eduardo e Flavio a também ingressarem no partido – deve levar a legenda a mudar de nome. As opções estudadas são a recriação do PRONA (Partido da Reedificação da Ordem Nacional) ou novos nomes como PAB (Pátria Amada Brasil) ou Patriotras. O PEN possui atualmente 3 deputados federais, 13 deputados estaduais e 14 prefeitos eleitos pelo país.