Pela quarta vez neste ano, Nicolás Maduro aumentou o salário mínimo na Venezuela.
Após sucessivos aumentos (50% em janeiro, 60% em abril, 50% em julho e 40% em setembro), o novo salário mínimo chegou a 136.544,18 bolívares (Bs) e o ‘cesta ticket’ (subsídio de alimentação) ficou em 189.000 Bs, chegando a um total de 325.544,18 (12 dólares de acordo com o cambio real).
O salário mínimo venezuelano mais que quintuplicou em 2017. Em um cálculo exato, é o mesmo que o salário mínimo brasileiro saltar de R$ 937,00 para R$ 4.722,48 em nove meses.
Entretanto, a renda dos venezuelanos não melhorou. Pelo contrário, cada vez mais pessoas vivem na pobreza e o PIB do país deve cair 7,4% em 2017. A inflação – causada justamente pela impressão desenfreada de dinheiro feita pelo governo – só aumenta: a expectativa é que alcance 720% ao ano em 2017 e incríveis 2068% ao ano em 2018.
Aparentamente, Nicolás Maduro quer que os venezuelanos tenham que “dar bilhão” para comprar pão (quando houver) na ditadura socialista, como aconteceu no igualmente socialista Zimbabwe, onde uma hiperinflação estratosférica fez a nota de 100 quatrilhões em moeda local valer 40 centavos de dólar quando a economia foi dolarizada.