A exposição Queer Museu no Santander Cultura não é a primeira vez que o banco privado envolve em polêmica no meio político. Em 27 de julho de 2014, no alvoroço da corrida presidencial, as manchetes de jornais foram tomadas por uma carta escrita por uma analista do Santander alertando os clientes sobre os perigos de uma possível reeleição de Dilma Rousseff. A analista que, ao invés de ter sido promovida pela capacidade de proteger os investimentos dos clientes, acabou sendo demitida.
A carta, que segunda a esquerda foi classificada como terrorismo econômico, começava assim: “A economia brasileira continua apresentando baixo crescimento, inflação alta e déficit em conta corrente. A quebra de confiança e o pessimismo crescente em relação ao Brasil em derrubar ainda mais a popularidade da presidente, que vem caindo nas últimas pesquisas, e que tem contribuído para a subida do Ibovespa”.
Sinara Polycarpo, então superintendente de Investimentos do Banco Santander era a responsável pelo conteúdo e continuava em suas palavras: “difícil saber até quando vai durar esse cenário e qual será o desdobramento final de uma queda ainda maior de Dilma Rousseff nas pesquisas. Se a presidente se estabilizar ou voltar a subir nas pesquisas, um cenário de reversão pode surgir. O câmbio voltaria a se desvalorizar, juros longos retomariam alta e o índice da Bovespa cairia, revertendo parte das altas recentes. Esse último cenário estaria mais de acordo com a deterioração de nossos fundamentos macroeconômicos”.
Na época, o banco preferiu deixar os seus clientes de lado para não comprar briga com o governo de esquerda do PT.