O Afrostream, a Netflix com filmes “só de negros”, fachará as portas no final do mês. Na última sexta-feira (15), a empresa soltou uma nota no Facebook contando que irá encerrar suas atividades por falta de dinheiro trazido por assinaturas e investidores.
“Infelizmente, nossa paixão e esforços combinados não foram suficientes para possibilitar que obtivéssemos os investimentos financeiros necessários para seguir essa aventura empreendedora e desenvolver essa missão cultural que era tão importante para nós”, afirmou a empresa em sua nota.
Os atuais assinantes terão seus pacotes respeitados até o fim do período contratado – seja semanal, mensal ou anual. Depois disso será impossível renovar.
O Afrostream começou a operar em setembro de 2015 e chegou ao fim tendo apenas oito funcionários. A empresa chegou a obter 10 mil assinantes em 30 países, o que foi insuficiente para financiar os custos da empresa com conteúdo e atrair novos investidores.
Apesar de discriminar conteúdos com base na cor da pele dos protagonistas, a empresa não foi acusada de rascista pela mídia. Entretanto, o fato mostra que, quando há ampla concorrência, o mercado é muito mais implacável com o racismo do que o estado. Quem limita o seu público com base na cor da pele está fadado à falência.