Em junho de 2013, a lei de desarme e controle de armas e munições, promovidas pelo governo de Nícolas Maduro, foi sancionada pela Assembleia Nacional da Venezuela. A lei, de 126 artigos, restringe a venda de armas de fogo e estabelece pena de 20 anos de prisão para quem tiver posse ilegal de armas.
O objetivo da lei, que foi aprovada com apoio de ONG’s brasileiras como a Viva Rio, era diminuir a violência na Venezuela, que era considerada uma das nações mais violentas do mundo. Mas o resultado da política não tem saído como o esperado.
Segundo dados oficiais do próprio governo venezuelano, em 2013, quando a lei de desarmamento foi sancionada, a taxa de homicídios era de 39 por 100 mil habitantes. Já em 2015, dados oficiais do governo mostram uma taxa de 70,1 por 100 mil habitantes. E segundo relatório do Observatório Venezuela de violência, a taxa de homicídios encerrou 2016 com 91,8 para cada 100 mil. O número de homicídios quase dobrou conforme os dados do próprio governo emitidos em 2015, e mais que dobrou, segundo o relatório de 2016 da ONG venezuelana.
Quando o assunto é violência, para defender o desarmamento, diversos especialistas da mídia fazem comparações de países desarmados, como o país insular Japão, e compara com países continentais como os EUA. Mas nunca comparam dados de países que já fizeram desarmamento, como o Brasil e Venezuela. Além disso, ainda omitem dados de países menores como a armada Suíça que possui 4 vezes menos homicídios que Cuba, onde armas são proibidas.