A gestão de João Doria (PSDB) na Prefeitura de São Paulo enviou um ofício ao presidente Michel Temer (PMDB) pedindo que o projeto de lei que autoriza o armamento de agentes de trânsito seja vetado.
O projeto altera o Estatuto do Desarmamento e aguarda decisão do presidente da República. O texto permite que autoridades de trânsito da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos municípios tenham porte de arma em serviço “mediante comprovação de capacidade técnica e de aptidão psicológica”.
O ofício da gestão Doria partiu do Secretário dos Transportes, Sérgio Avelleda, para quem o projeto de lei tende a trazer maior insegurança ao trânsito: “não vemos razão nenhuma para armar os agentes de trânsito. (…) Armá-los significa torná-los alvo de bandidos. Isso contribui para uma animosidade desnecessária no trânsito”.
A alteração na lei é uma reivindicação da Associação dos Agentes de Trânsito do Brasil, a qual tenta há nove anos tenta garantir o direito à autodefesa de seus representados. Em seu site, a associação diz que armar o agente de trânsito é uma necessidade social e que os agentes ainda terão que passar pelo controle de testes de aptidão técnica e psicológica.
Em junho, a Secretaria Especial de Comunicação da gestão Doria fez uma parceria com o Instituto Sou da Paz para “reduzir a violência armada” por meio do recebimento de armas entregues pela população. A campanha, entretanto, foi um fracasso: somente 25 armas foram recebidas.