A exibição do documentário “O Jardim das Aflições”, sobre Olavo de Carvalho, terminou em briga e pessoas feridas na tarde desta sexta (27) no prédio de Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em Recife.
Ao final da exibição da obra, militantes de extrema-esquerda bloquearam um dos corredores que levavam à saída do ambiente gritando palavras de ordem como “1, 2, 3, 4, 5, mil, lugar de fascista é na ponta do fuzil” e “fascistas não passarão”. Em resposta às provocações, o grupo que deixava o auditório caminhou até os extremistas também gritando palavras de ordem.
As agressões começaram quando um dos estudantes, vestido com uma camiseta com o rosto do deputado federal Jair Bolsonaro, foi empurrado por um militante de extrema-esquerda. Ao ser questionado pelo Jornal do Commercio sobre o motivo pelo qual agrediu o rapaz que saía da exibição do filme, o fascista, que se identificou como Gustavo, respondeu: “eu empurrei ele porque ele estava exibindo a camisa do Bolsonaro e isso é inadmissível aqui nessa Universidade”.
Os dois grupos continuaram trocando socos, empurrões e chutes. Na confusão, várias pessoas saíram feridas. Dois funcionários do prédio tentaram conter os extremistas de esquerda. Do outro lado, algumas pessoas também acalmavam os ânimos. Durante a confusão, um dos rapazes que assistia ao filme levou um corte na cabeça.
De acordo com Josias Teófilo, diretor de “O Jardim das Aflições” que estava presente no local, a exibição estava terminando quando alunos que não concordavam com a sessão ameaçaram invadir o local. Um partido de extrema-esquerda, o PCO (Partido da Causa Operária), havia organizado um evento no mesmo horário da sessão para combater o documentário, considerado pelos extremistas como um ato da “direita fascista”. Para o partido, a sessão é uma afronta por ocorrer no prédio que foi invadido por militantes de esquerda em protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff.
A assessoria da universidade afirmou que os agentes de segurança da UFPE foram acionados, não houve necessidade de acionar a Polícia Militar e nem houve prisões ou danos ao prédio da instituição.