Dados oficiais do United States Census Bureau, ligado ao Departamento de Comércio, mostram que as importações de produtos chineses para os EUA cresceram no governo Trump, ao contrário da retórica adotada pelo republicano durante a campanha eleitoral.
De acordo com a balança comercial entre os dois países, em janeiro deste ano, as empresas americanas importaram $41,3 bilhões da China enquanto exportaram $10 bilhões para as companhias chinesas. Após significativa queda nas importações chinesas durante os três primeiros meses completos de Trump no governo (fevereiro, março e abril), a importação de produtos chineses voltou a subir, alcançando $45,4 bilhões em setembro (contra $10,8 bilhões de exportações americanas para a China).
O volume de importações da China alcançando em agosto ($45,8 bilhões) foi nominalmente o maior na história dos EUA, enquanto o valor de setembro foi o terceiro maior, perdendo apenas para as importações registradas em setembro de 2015 ($45,7 bilhões).
Trump esteve no começo de novembro na China para facilitar negociações entre empresários dos países. Na ocasião, mais de $250 bilhões em negócios e promessas de acordos foram acertados, incluindo a venda de 300 aviões Boeing para empresas chinesas.
Durante a campanha eleitoral de 2016, a retórica anti-China foi bastante utilizada por Donald Trump: o então candidato dizia que os negócios com os chineses eram ruins porque a China “violentava os Estados Unidos”, roubava empregos, manipulava a moeda e não combatia a pirataria.