No último dia 28 de dezembro, o brasileiro Jonathan Diniz foi preso pela ditadura socialista da Venezuela junto com outros três venezuelanos. De acordo com o líder da fraudulenta Assembléia Constituinte, Diosdado Cabello, o brasileiro seria “parte de uma organização criminosa internacional” e “agente da CIA”.
Entrei em contato com a família de Jonathan no Brasil e, por meio de sua mãe, pude conhecer o trabalho humanitário que ele realizou em vários países da América do Sul, incluindo a Venezuela em outras ocasiões. Antes de ser preso, Jonathan estava arrecadando dinheiro para entregar comida e brinquedos às crianças venezuelanas desnutridas e com fome.
Visitamos várias prisões em busca de informações, sem sucesso. Nem a própria mãe sabe onde ele está detido, e não há respostas das autoridades venezuelanas ou do governo brasileiro. Alguns tentaram culpar o jovem por praticar a caridade em uma ditadura socialista como a Venezuela enquanto a imprensa latino-americana esconde os abusos e crimes contra a humanidade praticados por Maduro e seus comandados. O próprio governo brasileiro não trata a ditadura venezuelana com o rigor que merece.
Nem o governo Temer e nem os líderes políticos brasileiros se posicionaram em relação ao grave fato diplomático de ter um cidadão brasileiro sequestrado e mantido refém pelo governo de um país estrangeiro. A família Diniz recorreu a diferentes organizações, nacionais e internacionais, sem obter respostas.
Jonathan Diniz não é um preso político porque não exercia atividade política e muito menos era “agente da CIA” ou “terrorista” como a ditadura venezuelana costuma tratar opositores políticos. Jonathan é um cidadão brasileiro preso há uma semana por praticar a caridade e tentar amenizar o sofrimento das crianças venezuelanas. E a imprensa brasileira, lotada de socialistas, noticiou o caso e “esqueceu” que o brasileiro existe depois. Nada de matérias acompanhando o desenrolar do caso, nada de plantão na televisão, nada de pressão.
Já passou da hora do governo brasileiro intervir em prol de Jonathan. O Brasil não é o principal país da região à toa. A não, claro, que Temer seja tão conivente com os crimes praticados por socialistas quanto a terrorista que o precedeu.