O desembargador Rogério Favreto acatou, neste domingo (8), habeas corpus apresentado na sexta (6) pelos deputados petistas Wadih Damous, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira pedindo que Lula fosse libertado imediatamente por “falta de fundamento jurídico”.
Rogério Favreto filiou-se ao PT em 1991. Quando Tarso Genro se elegeu prefeito de Porto Alegre, Favreto foi alçado ao cargo de Procurador-Geral da prefeitura da capital gaúcha. Em 2005, ganhou um gabinete na Casa Civil do governo Lula. Já em 2007, novamente graças a Tarso Genro, Favreto assumiu o comando da Secretaria da Reforma do Judiciário do Ministério da Justiça, onde ficou até 2010, quando deixou o cargo e o PT.
Entretanto, Favreto continuou a serviço do partido no Judiciário. Em 2011, ele foi promovido a magistrado por Dilma Rousseff, se tornando um dos juízes do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4).
Como cabe ao TRF-4 revisar as decisões da Justiça Federal em Curitiba, Rogério Favreto atira em tudo que ameace o PT e seu chefe supremo. Ele foi o único a votar pela abertura de processo disciplinar contra Sérgio Moro por “índole política”. É o único a discordar sistematicamente de tudo o que o juiz da Lava Jato faz, diz ou pensa. É também o único a desaprovar todos os procedimentos adotados pela força-tarefa do Ministério Público Federal que age na Lava Jato.
E neste domingo Favreto prestou o maior serviço de todos ao chefe da organização criminosa a qual foi filiado: comandando o plantão do TRF-4, mandou soltar Lula sob os “argumentos” de que a prisão do líder criminoso é uma “violação de direitos” e ele deve ter “igualdade de participação” nas eleições. Como se participação nas eleições fosse justificativa para soltar criminosos.