Anualmente, desde 1995, a Heritage Foundation divulga o Index of Economic Freedom (Índice de Liberdade Econômica), que aponta o nível de liberalismo de quase todos os países do planeta (ficam de fora apenas os que não tornam públicos dados de suas economias). O instituto divulgou esse ano, 2018, referente a análises colhidas até 2017, e mostra mais uma queda do Brasil no ranking. O país já havia descido 4 posições em 2015, mais outras 22 em 2016, e repetiu a queda em 2017. Ao todo, 180 países integram o estudo. A Argentina, na contra mão no Brasil, tem subido no ranking e ultrapassou o Brasil na última análise da Heritage.
Pelos critérios do estudo – que utiliza 10 fatores quantitativos e qualitativos agrupados em quatro categorias – as economias mais livres do mundo, nesta ordem, são: Hong Kong, Cingapura, Nova Zelândia, Suíça, Austrália, Irlanda, Estônia, Reino Unido e Canada. Na ponta oposta estão: Argélia (1729º), Bolivia (170º), Zimbabwe (174º), Guiana Equatorial (175º), Eritrea (176º), República do Congo (177º), Cuba (178º), Venezuela (179) e Coreia do Norte (180).
O Brasil é o 153º colocado no ranking de 2018. O país caiu 31 posições na comparação com a edição de 2017, que utiliza dados econômicos de até 2016. A Argentina subiu 25 posições, saiu de 169º em 2017 e hoje ocupa a 144º posição. É a primeira vez, desde 2003, que a Argentina fica na frente do Brasil.
De 1995 até 2011, a taxa de liberdade econômica do Brasil cresceu, mas num ritmo menor que o de outros países. Em 2012 e 2014 o país registrou uma tendência de queda, enquanto a Argentina tem melhorado no índice apenas nos últimos dois anos:
O estudo
A Heritage organiza o ranking com base no desempenho dos países analisados em quatro grandes áreas: 1 – Império da Lei (Direitos de propriedades, liberdade de corrupção); 2 – Limite do Governo (liberdade fiscal, gastos do governo); 3 – eficiência regulatória (liberdade de abrir negócios, liberdade trabalhista e liberdade monetária) e 4 –Abertura do Mercado (liberdade para fazer negócios, liberdade para investimentos e liberdade para financiamento).