Dias antes de ser solto, o senador Delcídio Amaral (PT-MS) fez circular a informação de que delataria metade do Senado caso seu mandato fosse cassado. Preso por ter tramado a fuga de um dos ex-diretores da Petrobras envolvido na roubalheira da empresa – plano gravado em áudio e confirmado pelo próprio Delcídio – o senador-preso enfrenta um processo de cassação no Conselho de Ética do Senado. Circulou depois a notícia de que firmara um acordo de delação premiada com a Procuradoria Geral da República, a qual ainda não foi assinada.
Após as ameaças, o relator do processo de cassação foi trocado – agora será um aliado do próprio senador-preso – e Renan Calheiros (PMDB-AL), líder do Senado, se mobiliza para retardar ao máximo o processo de cassação até uma decisão do STF – que pode levar anos. Além de ser amigo de Delcídio, Renan também é investigado na Lava-Jato e responde a seis processos no Supremo Tribunal Federal.