Domingo, 13 de março de 2016. Quase 5 milhões de pessoas comparecem às ruas de todo o Brasil – nas maiores manifestações da história do Brasil – pedindo o impeachment de Dilma Rousseff, a prisão do ex-presidente Lula e apoiando as investigações da Lava Jato.
Quarta-feira, 16 de março de 2016. Três dias depois desta manifestação, o PT aplica um golpe de estado ao nomear o ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva como Ministro da Casa Civil, o que na prática (dados os “superpoderes” que o mesmo terá) significa que ele se torna o Primeiro Ministro do país – um cargo para o qual não foi eleito – e deixa Dilma Rousseff – sua pupila e “poste”, segundo as palavras do próprio Lula – como “Rainha da Inglaterra”, um cargo meramente decorativo.
A nomeação de Lula como ministro hoje mostra claramente que os métodos usados até o momento não estão funcionando. Muito verde-amarelo nas ruas, muita música, muitos discursos, muitos carros de som, algumas dancinhas e muita gente com o senso de dever cumprido é lindo, mas não está cumprindo a função de retirar do poder um governo que é apoiado apenas por 7% da população. Ou os brasileiros aprendem de uma vez a arte da guerra política ou Lula transformará um país numa Venezuela, onde o governo levou o país para o completo caos econômico e social, promovendo algo muito próximo de uma guerra civil no país.
Chegou a hora de você acordar. Chegou a hora de você se mobilizar de formas que realmente afetam os políticos e o estado que eles controlam. A era do protesto verde-e-amarelo no domingo acabou. Se você não quer que o Brasil vire uma Venezuela com Lula e o PT no poder, aqui estão cinco formas para você impedir que isso aconteça:
Fazer os políticos TEMEREM VOCÊ
Não, a dancinha coreografada não irá mudar as coisas. Os discursos inflamados feitos por “líderes” que depois vão tomar café com o PSDB (“oposição a favor”) e o PMDB (base aliada do governo) não irão mudar as coisas. O verde-e-amarelo não irá mudar as coisas. Panelaços na frente da televisão menos ainda. O país só irá mudar quando os políticos TEMEREM VOCÊ.
Por que as manifestações de 2013, feitas pela esquerda e com muito menos pessoas, fizeram o Congresso trabalhar como nunca na história e deixaram Dilma de cabelo em pé? Porque elas fizeram os políticos TEMEREM a população nas ruas. E isso, para começar, não se faz de verde-e-amarelo, se faz de PRETO. Isso não se faz com esquibunda no gramado do Congresso, se faz entrando no Congresso com milhares de pessoas – sem violência contra os políticos (porque isso, além de ser antiliberal, só teria o efeito reverso de aumentar o apoio ao governo), mas também sem esse pacifismo bocó que faz as pessoas ficarem olhando enquanto o local que elas pagam e que teoricamente é “a casa do povo” se fecha ao próprio povo. E isso não se faz de domingo, se faz durante a semana, de preferência numa quarta-feira, quando todos os deputados estiverem dentro. E não adianta fazer isso apenas contra o Congresso, o Palácio do Planalto é tão importante quanto.
Em resumo: ou o povo OCUPA O CONGRESSO E O PALÁCIO DO PLANALTO, de forma séria e focada (não fazendo uma “marcha” caça-níqueis ridícula para depois tirar foto com o Eduardo Cunha), ou as coisas vão continuar como estão.
Entender que é VOCÊ QUE FINANCIA ESSA MERDA
Você precisa entender, de uma vez por todas, que se você é obrigado a entregar o seu dinheiro para alguém ou alguma instituição, isso se chama ROUBO. Não interessa se esse alguém te aborda no meio da rua com uma arma ou se é uma instituição que ameaça te prender se você não passar o dinheiro. Sim, você entendeu o recado: IMPOSTO É ROUBO. É ele que financia o governo o qual você é contra. E há diversas formas de reduzir o quanto você financia o governo.
Descubra que existe uma moeda chamada Bitcoin a qual permite que você faça e receba pagamentos sem prestar satisfações ao governo. Aprenda a fazer pagamentos em dinheiro (e ainda obter desconto) e não pedir nota fiscal. E, principalmente, atrase o pagamento dos impostos. Imagine que milhões de brasileiros simplesmente se negassem a pagar Imposto de Renda, IPVA, IPTU e similares por meses, até que a vontade da ampla maioria da população fosse respeitada e Dilma / Lula saíssem do poder. Você acha que o governo iria se financiar como nesses meses? Imprimindo mais dinheiro para gerar ainda mais inflação e estourar de vez as contas do próprio governo? Ou você acha que o governo entraria em desespero e começaria a ouvir a população?
BOICOTAR os políticos
Após o Senado do Paraguai votar a favor de manutenção de imunidade de um parlamentar corrupto no dia 14 de novembro de 2013, a população do Paraguai convocou uma forma de protesto muito eficaz contra os políticos: o boicote. Por semanas os restaurantes, táxis, cinemas e shoppings da capital e outras cidades do país se recusaram a atender os senadores paraguaios, ocorrendo inclusive casos onde senadores foram obrigados a se retirarem dos locais por não serem bem-vindos. O resultado? No dia 28 de novembro de 2013, ou seja, duas semanas depois, os mesmos senadores votaram por unanimidade a retirada da imunidade do corrupto.
Chegou a hora dos brasileiros pararem de idolatrar políticos. Mandar e-mail e fazer post no Facebook de deputado não irá resolver alguma coisa (tenho uma notícia pra você: eles sequer leem, não passa da assessoria). Mesmo os políticos que são supostamente “honestos” (até a próxima delação premiada) não fazem mais do que sua obrigação. Enquanto o governo Lula / Dilma estiver no poder, os brasileiros deveriam boicotar todos os deputados e senadores que ainda estejam “em cima do muro” sobre o assunto ou sejam contrários ao impeachment. A Riachuelo e o Habib’s mostraram que as empresas que apoiam a causa têm um ótimo retorno, inclusive. Companhias aéreas, táxis, restaurantes, cinemas, todos deveriam se recursar a atender estes deputados e senadores até que o impeachment aconteça. Um deputado ou senador contrário ao impeachment deve ter uma vida tão insuportável, sendo praticamente impossível ser atendido em qualquer local, que não haja outra opção a não ser votar a favor do impeachment. Aproveite para filmar a cena quando isso acontecer e coloque nas redes sociais para que mais locais façam o mesmo.
Parar o país numa GREVE GERAL
Você pode considerar isso impossível, mas já houve uma greve geral no Brasil. Isso aconteceu em 1917 e, por quase um mês, parou a cidade de São Paulo, praticamente expulsando o governo da cidade até que as demandas da greve geral fossem atingidas. Quase um século depois, está cada vez mais próxima a hora em que o Brasil terá que aprender novamente o que significa parar. Não um feriado qualquer de um dia para dizer que parou. Mas uma greve geral, sem prazo determinado, onde tudo seja paralisado: das padarias até o transporte. Obviamente que uma iniciativa como essa não é simples bem como demanda um alto nível de engajamento dos brasileiros, mas se o país continuar naufragando tanto economicamente quanto politicamente, não restará outra alternativa senão simplesmente parar o país. Os caminhoneiros poderiam ajudar muito nisso, dado que parar as rodovias, a fim de interromper o escoamento de produtos do país para o exterior e para as capitais, é uma das principais formas de parar o país – como aconteceu no Brasil, em maior ou menor grau, em 1959, 1979, 1985 e 2015.
Tornar o estado obsoleto e defender a VERDADEIRA democracia
Mais do que apenas protestar apenas contra este governo, você tem que entender que o problema não é apenas este governo, mas o ESTADO e seu tamanho inchado. Do que adiantaria retirar o PT do poder, mantendo o estado intacto, pronto para que o próprio partido faça a mesma coisa que o PT está fazendo atualmente? Para isso é necessário que o tamanho do estado em si seja reduzido e você pode ajudar nisso.
Não precisamos defender apenas que estatais como Petrobrás, Banco do Brasil, Correios e similares sejam privatizadas para eliminar em muito os focos de corrupção – basta lembrar que praticamente TODOS os grandes escândalos de corrupção surgiram nas empresas estatais – mas sim criar cada vez mais tecnologias para que a tecnologia chamada estado se torne obsoleta. O Uber foi um grande exemplo de como isso funcionou no setor do transporte, gerando maior eficiência, grande aceitação pelos usuários e mudanças nos monopólios garantidos pelo estado. Precisamos de mais Ubers: o Uber da saúde, o Uber da educação, o Uber da segurança, o Uber da justiça. As pessoas precisam entender que a verdadeira democracia não é apenas votar a cada dois anos e depois ficar lutando para que estes políticos mudem algo – ou para tirá-los do poder – mas sim aquela que se faz todos os dias ao votar livremente naqueles que atendem melhor às suas demandas. O livre mercado é a verdadeira democracia.
Se VOCÊ não entender essas lições, o Brasil jamais irá mudar. E então, vai continuar fazendo apenas protesto verde-e-amarelo aos domingos ou vai fazer algo para mudar o país de verdade?