Quem defende cotas para alunos de escolas estatais nas universidades estatais geralmente admite que o ensino médio nas escolas estatais é pior do que nas escolas privadas.
O defensor de cotas que admite esse fato óbvio geralmente afirma que a solução de longo prazo é “melhorar o ensino médio estatal”, normalmente uma tradução de “colocar mais dinheiro dos pagadores de impostos no que não funciona”.
Oras, essa é uma lógica que não faz o menor sentido: se há dois serviços no mesmo ramo, mas um funciona e outro não, a solução óbvia é ampliar o acesso ao serviço que funciona, não enfiar mais dinheiro no que não atinge seus objetivos.
Para melhorar a educação não precisamos “melhorar o ensino médio estatal” ou de “mais dinheiro pra educação” (estatal), precisamos exatamente do oposto: mais gente com acesso à educação privada.
E quem é que impede que mais pessoas, sobretudo as mais pobres, tenham acesso a esse ensino de melhor qualidade? Justamente o estado, a instituição que gerencia o ensino de pior qualidade.
Acabar com o controle do MEC sobre o currículo e a rotina das escolas privadas, permitir que os pais controlem o ensino de seus filhos sem que sejam perseguidos pelo estado, acabar com toda a burocracia para abertura de novas escolas privadas e isentá-las de todos os impostos é o que precisamos para melhorar a educação brasileira.
E então veremos se os mais pobres irão preferir pagar 100 reais por mês para educar seus filhos decentemente ou continuar dependentes de um sistema onde há zero incentivo para melhoria e onde muitas vezes se busca mais a doutrinação do que o conhecimento.
Ninguém valoriza mais a educação do que alguém que precisa dela para subir na vida.
A solução não é Escola do Estado ou Escola sem Partido.
A solução é Escola Sem Estado.