Apesar de ser um fenômeno relativamente recente, as redes sociais se tornaram fonte de várias tradições. Uma delas, sem dúvida, é a reclamação geral sobre o preço dos ovos de Páscoa e a campanha para não comprá-los. Normalmente, usa-se a comparação do peso de chocolate do ovo e da barra do mesmo fabricante.
Você esquece do valor emocional do produto, e pensa apenas no valor utilitário. Se fosse apenas uma questão de valor utilitário, bastaria você presentear alguém com um kit de chocolate em pó, leite condensado, uma forma de ovo e um papel brilhante.
Ainda, um ovo de Páscoa só faz sentido nessa época e não em qualquer data como o Carnaval. Esse é o efeito da sazonalidade e que cria o valor emocional que influencia no preço.
Achou que o preço não vale? Ora, você conta com a concorrência para economizar! Pode comprar outras marcas, outros tamanhos, comprar em quantidade para ter descontos ou até mesmo comprar os materiais, fazer seus próprios ovos de Páscoa e lucrar com isso se quiser.
No entanto, há um participante nessa negociação que não teve qualquer contribuição na criação, fabricação, distribuição ou comercialização: o estado. Ele sempre come seu pedaço e não permite negociação nem alternativa.
As pessoas não acham estranho entregar seu dinheiro, de forma obrigatória, a alguém que não colaborou em nada no bem adquirido. Por outro lado, acham condenável pagar, de forma voluntária, o empresário que assumiu o risco e os custos do que você comprou.
Para ilustrar, peguei informações recentes do Instituto Brasileiro de Planejamento e Tributação (IBPT), e preparei o infográfico abaixo. Tire suas conclusões.