Há algo profundamente ridículo na “grande mídia” brasileira: com raríssimas exceções, debates e matérias onde se “ouve o outro lado” simplesmente inexistem.
Nos programas que “formam opinião”, tudo o que temos é um grande chá das cinco com a mesma visão de mundo – de esquerda – discordando apenas do nível de intromissão que o estado e o politicamente correto devem ter na vida dos brasileiros, se muito alto ou “apenas” alto.
Nos EUA, mesmo a CNN é capaz de levar um conservador ou liberal (lá, chamados de libertários) ao ar, de tempos em tempos, nem que a intenção seja ridicularizá-lo (o que, geralmente, não funciona).
Por aqui, isso é coisa de outro mundo. Na CNN tupiniquim, a Rede-Globo-PSOL que infelizmente domina a mídia, tudo aquilo que não é de esquerda vira extrema-direita, ultraconservador, radical e/ou qualquer-coisa-fóbico, assim, sem direito sequer a ter seu lado ouvido. Da GloboNews ao Jornal Nacional, temos um desfile de políticos da Rede se tornando comentaristas políticos, “especialistas” que (literalmente) militam no PSOL e jornalistas tão “imparciais” que chegam a chamar de extremista não o ditador socialista que mata o povo de fome, mas aqueles que o combatem.
Aí os jornais e revistas perdem audiência todos os meses e a mídia gasta horas e horas falando sobre as “fake news” que “dominam as redes sociais”, cujo “antídoto”, claro, é assistir mais horas de Rede Globo e ler mais a Folha de São Paulo.
Eles ainda não entenderam que, ao se aproximarem cada vez mais da militância feroz e barulhenta, aquela que diz representar parcelas da sociedade mas não representa nada além de si mesma, se distanciam cada vez mais da ampla maioria das pessoas mais preocupadas com coisas muito “conservadoras” para os nobres militantes do Leblon-Ipanema e da Vila Madelena-Pinheiros: trabalhar, pagar as contas, criar os filhos e ter uma boa vida.
Não adianta fazer congressos, “debates”, palestras e eventos sobre o “combate às fake news”, imprensa brasileira. YOU’RE FAKE NEWS.