Quando afirmo que o feminismo, especialmente o brasileiro, além de não ter qualquer utilidade, é mais nocivo à sociedade em si e às mulheres do que se pode ter ideia, eu sou taxada de coisas que vocês nem imaginam. É como se eu dissesse “Olhem só! Vejam como eu odeio as mulheres!”, mesmo sendo uma. É como se eu nutrisse por elas certo desprezo, certo desejo em vê-las sendo subservientes. Mesmo sendo uma. O que eu quero para as mulheres é o que eu quero para qualquer um e se chama liberdade. No feminismo, liberdade não existe – embora seja essa a sua maior publicidade -, o feminismo sufoca, por isso não posso fazer parte dele.
Ele é nocivo não apenas por reprimir, mas por se alimentar do caos. Eu passaria o dia citando situações em que ele viu na tragédia um espaço para se promover, só que o caso mais recente, do estupro (?) coletivo no Rio, me basta. Sigamos.
Uma garota de 16 anos afirmou ter ido dormir num lugar e acordado em outro, com 33 homens armados com fuzis e pistolas que teriam abusado sexualmente dela. Absurdo sem tamanho. Só que, com o avanço das investigações policiais, a versão contada pela menina parece não ter muita semelhança com a realidade: há indícios de que não aconteceu estupro. Tudo bem que não cabe a mim fazer alguma avaliação, mas cabe a mim, como mulher e ser humano, torcer para que não tenha acontecido, mesmo. Eu não quero que ela tenha sido estuprada. Eu não quero que uma menina de 16 anos tenha sido violentada por 33 monstros. Óbvio.
O feminismo quer.
O feminismo tem lutado, incansavelmente, para assegurar que houve um estupro. Se pudesse, ele arrumaria mais uns cinco. Provar que o crime ocorreu é provar que elas estiveram certas o tempo inteiro: “Todo homem é um estuprador em potencial. Não fosse assim, como justificar 33 estupradores na mesma hora, no mesmo local, fazendo a mesma vítima? Só pode ser algo intrínseco à natureza masculina. Viu? Temos razão!”
O contrário, na mente doentia dessas pessoas, não causa alívio. “Nossa, a garota não foi estuprada. Que coisa boa! Não vai levar esse estigma pro resto da vida. Os homens não são tão cruéis quanto parecem. Ufa!”. Você não vai ouvir isso de uma feminista, só de alguém normal, em pleno gozo de sua consciência.
De todas as barbaridades feitas e ditas acerca do ocorrido, a mais anti-humana é essa. É o empenho em instrumentalizar politicamente a crueldade. Isso é pura perversão.
Entenda de uma vez por todas que o feminismo não se importa com você, mulher. Você é só um degrau para que ele chegue à hegemonia. A menos que satisfaça alguma necessidade do movimento, seu sofrimento é problema seu.