Que a esquerda tem tara pelo sufixo “fobia”, não é muito difícil perceber. Entretanto, um desses sufixos que me chamou mais a atenção, talvez por ser o mais idiota, que é a “gordofobia”. Juro que nunca consegui entender muito bem o que esse termo significa. Seria medo de pessoas gordas? Nojinho? Piadas de mau gosto com a gordura alheia? Preconceito? Realizei uma rápida pesquisa para saber o que de fato isto significa e achei múltiplas interpretações, mas, pelo que vi, é basicamente uma forma de “opressão” que as pessoas gordas sofrem por serem gordas. Em suma, mais uma tentativa de enfiar outra espécie de luta de classes nas relações sociais, o famoso “nós contra eles”, homens x mulheres, negros x brancos, pobres x ricos, gays x héteros, PT x PSDB e agora, gordos x magros. Nas redes sociais, inclusive, está acontecendo uma campanha chamada “vai ter gorda na praia sim!” e nessas horas me pergunto qual é a praia que os adeptos disso frequentam, porque ao menos no litoral do Ceará, é raridade você achar algum magro na praia. A maioria das pessoas estão acima do peso.
No meu último artigo, a respeito do novo argumento das feministas e de alguns segmentos da esquerda de que a presidente Dilma está sofrendo “Gaslighting” em razão da última capa da revista “Isto É”, escrevi que usar esse tipo de argumento para minimizar os crimes do Partido dos Trabalhadores (PT) e a postura agressiva da nossa chefe de estado é uma clara tentativa desesperada da esquerda de desviar a atenção dos verdadeiros fatos. Confesso que não achei que poderiam apelar ainda mais para o ridículo até ver o artigo publicado pela “jornalista” Cynara Menezes, a “Socialista Morena”, onde ela consegue a proeza de usar os personagens “Cascão e Cebolinha” da Turma da Mônica para criar uma problematização social, acusando os personagens infantis de serem “machistinhas gordofóbicos”.
Li e reli para tentar entender o ponto de vista da autora, mas tudo que enxerguei foi uma tentativa infantil de mais uma vez tentar colocar a presidente Dilma em uma posição de eterna vítima perseguida, que mesmo tendo escapado dos porões da odiosa ditadura militar não consegue escapar dos olhares machistas, opressores e “gordofóbicos” da sociedade e da “direita raivosa”. Confesso que também enxerguei certo recalque da autora com a mulher “Carminha Frufru”, que nas histórias de Maurício de Souza é a menina mais bonita e esnobe da turma. Cynara tenta fazer uma tosca comparação entre a personagem e “certas jornalistas reaças” de uma forma pejorativa e eu até entendo a alfinetada, visto que as jornalistas citadas nas entrelinhas realmente conseguiram alcançar patamares de beleza infinitamente superiores aos da “Socialista Morena”. O socialismo, como bem disse Winston Churchill, é de fato o evangelho da inveja.
A personagem principal do gibi, Mônica, não tem absolutamente nenhum comparativo com Dilma Rousseff. Mônica sempre foi uma menina forte, que sabe o que quer, não se deixa rebaixar com as brincadeiras dos meninos e possui auto-estima elevada, sendo uma líder natural. Já a presidente sempre foi alvo de chacota por sua pouca habilidade oratória, frases esdrúxulas (como esquecer a “mulher sapiens” ou a “saudação à mandioca”?) e pela ausência de postura de liderança. Dilma sempre foi e sempre será vista como um eterno poste do ex-presidente Lula, alguém que está exercendo um cargo que não tem habilidade de exercer. Reitero que nada disso acontece pelo fato de ser mulher e sim pela sua incomparável incompetência como gestora. Ninguém se importa com a “ousadia” de uma mulher se tornar presidente do país e muito menos pensamos em derrota-la em razão do seu gênero, colegas esquerdistas. O único ponto que interessa é se a pessoa tem condições de exercer o cargo, o que já ficou mais do que provado que não é o caso de Dilma. A partir do momento que a esquerda usa esse tipo de argumento que apenas tenta vitimizar a presidente e colocá-la em uma posição inferior de vítima, prova que a própria esquerda é machista e que usa o gênero como o primeiro ponto de questionamento da oposição. Os esquerdistas não pensam que podemos simplesmente achá-la incompetente em razão do cargo e já vão argumentando que é “por ser mulher”. Enquanto mostramos as inúmeras razões do impeachment de forma racional e coerente, a esquerda se limita a usar o gênero de Dilma para tentar enganar idiotas úteis, dizendo que tudo não passa de uma conspiração. Se isso não é machismo, na minha opinião, nada mais é.
Ademais, ontem, dia 4 de abril de 2016, ocorreu em São Paulo o ato dos juristas a favor do impeachment, que contou com a presença da autora do pedido de impeachment, Janaína Paschoal, professora de direito penal na universidade de são paulo (USP). A postura digamos “fervorosa” da professora foi bastante comentada nas redes sociais e em outros veículos de esquerda, e um deles chegou a questionar se ela não estaria “possuída” no momento da fala. Páginas de esquerda também fizeram vários memes zuando a professora. Eu particularmente não tenho nada contra essas brincadeiras e acredito que qualquer um pode ser alvo desse tipo de comentário, mas, é no mínimo curioso ver a hipocrisia da esquerda nessa situação, visto que qualquer coisa dita contra Dilma é vista por eles como “machismo”, mas, não estão poupando os comentários ofensivos com Janaína. Ao argumentarem coisas como “Ela falou que a Dilma era louca, logo, não tem problema que falem qualquer coisa dela”, eles só provam que nem eles mesmos acreditam nessas desculpas esfarrapadas criadas para tentar livrar a cara da presidente e desviar o foco do debate.
Não defendemos a saída da presidente por ela ser “gorda”, “dentuça”, ou “feia”. Quem usa argumentos infantis para defender a permanência dela no poder são vocês, esquerdistas, ou mesmo a Advocacia Geral da União, que usou, na defesa de Dilma no processo de impeachment, um exemplo de frutinhas na feira digno das tarefinhas da pré-escola de qualquer criança. Queremos que ela seja retirada do cargo porque é uma incompetente que não cansa de apelar para manter o cargo a todo custo. Quanto mais vocês choram tentando enxergar machismo, “gaslighting” ou “gordofobia” onde não existe, mais perdem a pouca credibilidade que ainda resta diante da grande maioria da população e provam seu próprio desespero e infantilidade. Para finalizar, uso a mesma frase que usei para finalizar o último artigo: parem de colocar as mulheres como seres fracos que precisam de justificativa psicológica para tudo, esquerdistas. Cresçam!
PS: No lugar de usar a Turma da Mônica para fazer um textão sobre esse tipo de “preconceito”, “Socialista Morena”, incentive os seus leitores a combaterem esse mal realizando uma grande “caminhada contra a gordofobia”. Que tal?