A hipocrisia da esquerda é insuperável. Todos aqueles que valorizam a vida, a liberdade e a propriedade não toleram que esses bens, caros a todos nós, sejam violados. A esquerda que denuncia uma suposta “cultura do estupro” é a mesma que defende e faz apologia à cultura da ocupação, cultura inteiramente criada por ela. De todos os atos invasivos, estuprar é o mais abjeto deles. Estuprar é ter nosso corpo e nossa mente invadidos, molestados, ocupados sem permissão, para satisfazer a necessidade incontida de alguém que age por absoluta irracionalidade, como se estivéssemos à disposição para satisfazer seus desejos. Não há lugar mais sagrado do que o nosso corpo, como é sagrada também a nossa propriedade.
Vamos deixar as coisas bem claras, estupro é um ato tão criminoso quanto qualquer outro tipo de invasão e ocupação não consentida. Porém, é o mais hediondo ato de violação que se pode imaginar porque produz consequências irreversíveis. Estupro é o último e mais deplorável estágio da cultura da ocupação, da destruição do conceito de propriedade, de liberdade, de vida. Se há uma “cultura do estupro”, ela começa com a cultura da ocupação, da tomada do poder com o uso da violência, com o uso da força.
Em se tratando de violar, de invadir, de ocupar, de usar a força para impor sua vontade, a esquerda socialista e fascista tem o monopólio. Ninguém busca suprimir mais do que eles nosso básico direito de, instados a abrir mão da nossa vida, da nossa liberdade, da nossa propriedade, podermos dizer não.