Em 2014, a maior democracia do mundo, a Índia, elegeu Narendra Modi, um candidato pró-mercado apoiado por empresários e pelos jovens indianos. A redução do crescimento da Índia, que caía gradualmente nos anos anteriores, havia ajudado a levar a vitória esmagadora do Partido Nacionalista Hindu de Modi nas eleições, e derrotara o Partido do Congresso de centro-esquerda.
Desde então, a economia indiana, ao contrário da China, começou a adotar medidas que favoreceram o desenvolvimento econômico, como o aumento no grau de liberdade econômica. E os resultados já surtiram efeito. Em 2015, o crescimento econômico da Índia aumentou, ultrapassou a China e cresceu mais que 7%. A China, por outro lado, vê seu crescimento cair ano após ano à medida que diminui a liberdade econômica, e teve crescimento de 6,9% ano passado, a pior taxa desde a década de 90.
A Índia talvez sirva de consolo para os brasileiros, que se encontram em uma situação de pleno caos econômico e social. Os indianos precisaram piorar para depois melhorar. Foi o baixo crescimento econômico e inflação que fizeram os eleitores indianos reverem suas opiniões sobre política e derrotaram as ideias socialistas. Algo semelhante e mais próximo ao Brasil tem acontecido com a Argentina com o governo Macri, foi a destruição econômica do governo Kirchner que levou as mudanças por lá. Resta agora esperar se a crise brasileira vai fazer surgir das cinzas um candidato pró-mercado que consiga convencer os eleitores brasileiros nas próximas eleições.
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