Após o governo Macri reduzir os impostos sobre a classe média e eliminar gastos estatais, incluindo os subsídios bilionários que o governo argentino pagava às empresas de energia elétrica para manter as tarifas artificialmente baixas – o que foi veiculado pela imprensa brasileira como “aumento dos preços da energia elétrica”, uma completa mentira, dado que os argentinos pagavam duas vezes pela energia, diretamente na tarifa e por meio dos impostos que financiavam os subsídios estatais -, o consumo de energia elétrica aumentou 2,6% na Argentina no mês de abril em comparação com o mesmo mês de 2015.
De acordo com a Fundación para el Desarrollo Eléctrico (Fundelec), o aumento ocorreu graças à ocorrência de temperaturas inferiores ao padrão médio do mês de abril (aumentando o uso de equipamentos de calefação, por exemplo). A demanda por energia elétrica foi de 10.284 Gwh em abril de 2016 contra 10.028 Gwh em abril de 2015. A principal fonte de energia foi a térmica (mais cara) com 63,1% do fornecimento, seguida pelo hidrelétrica (28%) e nuclear (6,6%). As maiores distribuidoras de energia na Argentina são Edenor, Edesur e Edelap.
O fim dos subsídios e o estabelecimento do preço real da energia elétrica – e não o preço artificial da tarifa financiado pelos próprios pagadores de impostos – aparentemente não tiveram impacto relevante no consumo de energia elétrica no país.