Após as medidas liberais tomadas pelo governo Macri nos últimos dois meses, empresas do Japão, China, Coreia do Sul, Austrália e França iniciaram uma corrida para investir na Argentina, especialmente para explorar o lítio, uma matéria-prima essencial para fabricar baterias de celulares, automóveis elétricos e aparelhos eletrônicos. O interesse aumentou após Macri aumentar a abertura comercial do país e eliminar os impostos sobre exportações de minérios.
A sul-coreana Posco planeja investir milhões de dólares na província de Salta por 10 anos a fim de extrair 40 mil toneladas de lítio. O Orocobre, controlada por japoneses e australianos, também pretende investir na produção de lítio na província de Jujuy. A visita do presidente francês esta semana, Francoise Hollande, incluiu uma comitiva do grupo francês Eramet, o qual pretende investir 260 milhões de dólares em um projeto de lítio. O interesse na Argentina também é impulsionado pelos estados da Bolívia – que possui uma política nacionalista imposta pelo socialista Evo Morales – e pelo Chile – igualmente nacionalista após a eleição da também socialista Michele Bachelet – o que torna a Argentina o destino ideal de investimentos no setor.
Segundo estimativas da Secretaria de Mineração, a Argentina possui mais de 128 milhões de toneladas de carbonato de lítio. Para se ter uma ideia do tamanho desse estoque, apenas a produção japonesa na Argentina seria suficiente para suprir quase toda a demanda da indústria japonesa por baterias de lítio para celulares e automóveis.
Com informações do La Nación