Os atos organizados por movimentos de esquerda contra o governo de Michel Temer (PMDB) e a favor do golpe inconstitucional das “eleições diretas”, no Rio de Janeiro e em Brasília, contaram com apenas 350 pessoas na manhã deste domingo (21). Os golpistas começaram a se reunir por volta de 10 horas e às 13 horas ambas as manifestações já haviam terminado.
No Rio de Janeiro, um ato iniciado às 10h pelo Muspe (movimento que reúne policiais, bombeiros e outros funcionários públicos) reuniu 100 pessoas em torno de um carro de som na Avenida Atlântica, na altura do Copacabana Palace, em frente à praia. Alguns manifestantes carregavam bandeiras de centrais sindicais.
Em Brasília, cerca de 250 pessoas se reuniram no Museu Nacional. Havia um carro de som no local e os participantes permaneceram sem fazer caminhadas (anteriormente, havia sido anunciado um deslocamento até o Congresso). Parte dos golpistas presentes também defendiam que Lula volte a ser presidente.
A eleição direta para presidente e vice-presidente da República não está prevista na Constituição caso a vacância de ambos os cargos ocorra a menos de dois anos do término do mandato – nesses casos, a Constituição estabelece que sejam feitas eleições indiretas, com o Congresso escolhendo um novo presidente para um mandato-tampão. Dessa forma, pedir “diretas já” no atual momento é inconstitucional e, portanto, um golpe.