Uma “oficina inédita” para debater “a relação da fotografia e do corpo nu enquanto manifestação artística e sociopolítica” destinada “xs voluntárixs maiores de 18 anos”. Assim foi descrita a convocação oficial para a “Fotona”, classificada pela organização como o “maior nu artístico já feito em Brasília”.
Em uma praça pública no coração de Brasília (Praça do Museu da República), 115 homens e mulheres participaram do “ato” na manhã deste sábado (2). A foto foi registrada pelo fotógrafo Kazuo Okubo com a ajuda de um guindaste e um drone.
De acordo com a organização, as fotos são uma forma de protesto à “caretice e ao conservadorismo da cidade”, a fim de “reafirmar os corpos enquanto ferramenta de manifestação artística, cultural e política” e “contrariar o panorama retrógrado e careta da cidade opressora que não abarca a arte”. De acordo com um dos participantes da “Fotona”, “o arte do corpo nu ser enquadrada como ‘atentado violento ao pudor’ é lamentável”.
A ação fez parte do festival Cena Contemporânea, o qual conta com patrocínio das estatais Petrobras e Caixa, apoio da estatal EBC (Empresa Brasileira de Comunicações) e da paraestatal SESC, além do incentivo e fomento do Governo de Brasília e do Governo Federal. Em outras palavras, a “performance” foi realizada com dinheiro dos pagadores de impostos brasileiros.