Niterói tem hoje o melhor saneamento do Rio de Janeiro e está entre os 16 municípios brasileiros que podem ser considerados exemplos de avanço na universalização do saneamento básico. A lista das regiões foi apontada por meio de uma pesquisa feita pelo Instituto Trata Brasil e pela GO Associados. De acordo com o estudo, a cidade possui 100% de abastecimento de água; 92,8% de atendimento de esgoto; 92,8% de indicador de esgoto tratado por água consumida e 17% de perda total de água, um dos índices mais baixos do país. O instituto atribui a conquista à parceria entre prefeitura e a concessionária Águas de Niterói.
As demais cidades citadas no estudo são Limeira, Ribeirão Preto, Franca, Santos, Campinas, São José dos Campos e Taubaté (SP); Belo Horizonte, Contagem, Montes Claros e Uberlândia (MG); Curitiba, Maringá e Londrina (PR); e Campo Grande (MS).
Segundo a prefeitura, um plano de investimentos foi estruturado em parceria com a concessionária, em 2013, destinando R$ 120 milhões para investimentos no setor com o objetivo de universalizar o esgotamento sanitário até 2018. Os resultados são fruto desse projeto.
O superintendente da Águas de Niterói, Nelson Gomes, confirma que essa conquista se deve a um conjunto de ações.
“Para chegar a esse índice, a Águas de Niterói promoveu grandes investimentos nos sistemas de água e esgoto da cidade. No sistema de água, o abastecimento foi universalizado após três anos da assunção dos serviços. No sistema de esgoto, Niterói possuía apenas 20% do esgoto tratado, hoje 92,8% de todo o esgoto produzido recebe tratamento”, explicou Gomes.
Entre as ações que trouxeram avanço para a cidade se destaca a construção das Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) de Camboinhas, Itaipu, Centro, Barreto, Jurujuba e Mocanguê; a implantação de mais de 320 quilômetros de rede coletora de esgoto e a construção de 59 elevatórias de esgoto e retirada de línguas negras das praias da Zona Sul.
Ainda segundo a Águas de Niterói, outras três estações de tratamento de esgoto serão construídas: Maria Paula, prevista para ser inaugurada no fim de novembro, Badu e Sapê. Além disso, a ETE de Camboinhas será duplicada e o sistema de coleta de esgoto da região de Pendotiba será concluído até 2018, segundo a concessionária.
O presidente executivo da Associação Brasileira das Concessionárias Privadas de Serviços Públicos de Água e Esgoto (Abcon), Roberto Muniz, falou sobre os resultados: “a participação da iniciativa privada no saneamento aumenta a medida em que são visíveis as necessidades de investimento nos sistemas de abastecimento de água, coleta e tratamento de esgoto no país, principalmente nesse momento em que há restrição e aumento dos custos de captação de recursos públicos para investimentos na área de infraestrutura”.