Um garoto de 12 anos foi impedido de tocar acordeão (também conhecido como gaita) em uma calçada no centro da cidade de Santo Ângelo – RS por uma conselheira tutelar. De acordo com a burocrata estatal, como havia um chapéu para que as pessoas fizessem contribuições voluntárias – como qualquer músico faz quando toca na rua – o garoto estaria “mendigando”, o que seria proibido.
“Ela queria arrancar o guri”, afirma a mãe do garoto, que decidiu deixar o local com o filho após ele chorar por causa da conselheira tutelar. Casada com um operador de empilhadeira, a mãe é humilde e afirmou que o menino é apaixonado por acordeão. O primeiro instrumento que ele teve estragou e a mãe usou o dinheiro que ganha costurando pra fora e recolhendo latinhas para comprar um novo instrumento.
O assunto foi levantado nas redes sociais pelo padrinho do garoto, o conciliador judicial e pequeno agricultor Paulo César Oliveira, 30 anos. “Ele tem um dom, desde criança ele sempre gostou de ver o avô tocando e nós incentivamos ele a fazer aula de gaita”, conta o padrinho.
O caso será encaminhado à Promotoria de Justiça.